sábado, 17 de agosto de 2013

Opinião: O Símbolo Perdido - Dan Brown

Existe uma ramificação no estudo de Marketing chamada de Marketing Inexistente. Isso quer dizer que a “massa” (ou seja, os compradores ativos) não procura por determinado produto, mas, caso exista, é voltado para um consumidor específico. Geralmente fala-se de artigos religiosos, camisetas de bandas que já “saíram do gosto popular”, objetos simbólicos etc. É como se passassem a vender feijõezinhos de todos os sabores nas lojas. Quem, além dos fãs de Harry Potter, se aventuraria a comer um feijão com sabor de cera de ouvido?


Compre aqui.



Este livro do Dan Brown é o tipo de livro para um público específico. Digo isso, porque caso você não esteja familiarizado (ou disposto a aprender sobre) com o ambiente conspiratório, maçônico e com as ideias de teorias dignas de mudar a história da humanidade, você não vai entender uma palavra do que esse cara quer dizer. E eu falo sério. Até pode acontecer de você achar que entendeu, mas as referências só caberão na história se você se conscientizar que boa parte daquilo é fictício; que, na realidade, maçônicos não fazem estes tipos de pactos com tanta visibilidade, que não é bem assim que a banda toca e etc.

Esta história, ao contrário do Código da Vinci que [pelo menos no filme – NÃO ME JULGUEM! rs] tem suas bases no catolicismo, é sobre a maçonaria e seus mitos, ritos e segredos.
Robert Langdon, novamente, se encontra numa enrascada: está no lugar errado, na hora errada e por vontade própria. O secretário do seu amigo Peter Solomon o convoca para apresentar suas opiniões em uma palestra em Washington DC. Não podendo recusar um convite de Solomon, Langdon vai e acaba preso numa enrascada.
A trama é bem montada. Depois das 180 páginas iniciais que me deram vontade de cometer suicídio, a história engata d’uma forma inimaginável e te leva a mil e uma sensações distintas e dignas de palmas. Você viaja com a história. Durante a trama, o leitor é capaz de fugir e se esconder com os personagens; e as teorias te levam a pensar e a tentar solucioná-las junto de Robert Langdon e Katherine Solomon (irmã de Peter que, em um dado momento da história, acaba aliando-se ao velho amigo).
Apesar do fervor dos acontecimentos, preciso dizer algumas coisas sobre essa história:
1_ A maçonaria dita no livro me pareceu tão maçônica quanto o Feliciano me parece cristão (se você não entendeu a referência, leia os jornais). Existem alguns pontos realmente fiéis às origens da filosofia maçônica (a maçonaria NÃO É uma religião), mas existem pontos em que os maçons se tornam quase cristãos, de tão públicos e… não-maçons que são.
Sei que esse não é o foco da história, (tendo em vista que não é nada mais do que uma história de ficção que, se lida por alguém que não conhece sobre o assunto, pode ser chamada de romance policial) mas foi algo que me incomodou muito, já que a trama é baseada em um objeto propriamente maçônico e pelo fato do autor ter escrito na introdução do livro que as informações contidas nele são verdadeiras.
2_ Entretanto, minha irritação e a associação não me dão razão: eu posso estar errada. (Me corrijam com fatos e dados, caso eu esteja!) Afinal, quantos anos já se passaram desde a última vez que li algo de teor religioso?
Contudo, gostei muito do desenrolar da história. O começo é chato, mas o clímax e o desfecho são de tirar o fôlego. 
Como de costume, Dan Brown dá uma reviravolta nos 45 do segundo tempo e troca totalmente o rumo do final.
No fim das contas, dei 4 estrelas no Skoob.
E você, já leu alguma coisa do Dan Brown?
Se já, me conta aí nos comentários. E se quiser falar comigo, me procura lá no Twitter. Também tenho um outro blog, onde falo de Literatura e outras cositas más.
Um beijo, com amor em dobro (amor por ontem e por hoje. E um pouco pelo atraso ;)
Da Gi ♥

2 comentários:

  1. Dan Brown escreve lindamente, adoro seu estilo. Dele só li fortaleza digital, mas tenho vontade de ler todos.

    naoseavexe.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não é exatamente o meu tipo de literatura. Provavelmente, não gostei logo de cara por conta disso. De qualquer forma, pretendo ler os outros livros do autor para opinar com mais consistência ;)

      Beijo e obrigada pelo comentário, Paulina!

      ^_^

      Excluir